Viagem da Egitânia a Emérita Augusta

Um percurso luso-espanhol pelas memórias culturais

Idanha - Cáceres - Mérida - Vila Viçosa

Programa:

(4 dias / 3 noites)

Inclui:

- Autocarro à disposição de acordo com o itinerário
- 3 noites de alojamento em quarto twin/duplo:

1 noite em Cáceres:

Barcelo V Centenario 4*
1 noite em Mérida

Nova Roma 3*

1 noite em Elvas:

SL Hotel Santa Luzia 4*
- Regime de Meia Pensão (sem bebidas): 3 pequenos-almoços e 3 jantares
- Visitas: Ponte Romana de Alcántara; Catedral de Cáceres; Mosteiro de São Jerónimo de Yuste; Real Mosteiro
de Santa Maria de Guadalupe; Conjunto Arqueológico de Mérida (Teatro e Anfiteatro, Circo Romano e Termas Reyes Huertas); Museu Nacional de Arte Romano de Mérida; Casa de Mitreo; Paço Ducal de Vila Viçosa; Castelo e Museu Arqueológico de Vila Viçosa; e Santuário Nacional da Padroeira de Portugal (Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa).
- Acompanhamento Nova Acrópole Coimbra
- Seguro de viagem

Não se encontra incluído:
- Suplemento single
- Espectáculo "Orestíada" de Esquilo no Festival Internacional de Teatro Clássico de Mérida: €24 por pessoa (sujeito a disponibilidade no momento da reserva)
- Almoços.

- Bebidas às refeições
- Suplementos, gratificações e extras de carácter pessoal
Tudo o que não se encontrar identificado como incluído no preço

Orientadores da viagem:

José Ramos

Director da Nova Acrópole em Coimbra e formador em áreas como Filosofia, História das Religiões, Simbologia, entre outras. Autor de trabalhos na área da filosofia, história, simbologia e história das antigas civilizações.

Françoise Terseur

Fundadora da Nova Acrópole em Portugal e formadora nas áreas da Filosofia, História da Arte, Psicologia aplicada das antigas civilizações, entre outras. É autora de inúmeros trabalhos sobre história da arte, filosofia, educação, etc.

Ambos foram orientadores de viagens culturais tais como ao País Cáraro (França), Bretanha megalítica e simbolismo das catedrais (França), Mundo árabe da Andaluzia, Egipto, Civilização romana (Itália), Rota Templária (Portugal), Caminho de Santiago (Espanha) e ao coração da Índia.

Quantas vezes a memória

Para fingir que ainda é gente,

Nos conta uma grande história

Em que ninguém está presente.

Fernando Pessoa

Programa

1º Dia: Quinta-feira, 6 de Julho
- Saída de Coimbra
- Chegada a Idanha-a-Velha para visitas

Na aldeia histórica de Idanha a velha que séculos atrás foi a poderosa Egitânia, está preservado um acervo único de monumentos e vestígios de tempos ancestrais. Uma história por onde passaram romanos, visigodos e árabes, guerreiros medievais, cavaleiros do Templo e “senhores da guerra”.

Ocupada pelos muçulmanos no século VIII, foi reconquistada pelos cristãos no século XII. Doada à ordem do Templo no século XIII, mantém vestígios de diversas épocas que evidenciam uma grande presença de civilizações

- Almoço livre

- Saída de Idanha-a-Velha em direcção a Alcántara (Cáceres, Espanha)
- Visita à Ponte Romana de Alcántara

É indescritível a impressão que produz a ponte, monumento sem par no mundo entre os do seu género e época, cuja grandiosidade apenas somos capazes de compreender. O assombro que causa contemplar a ponte desde cima, sendo imenso, não é comparável ao que produz vista debaixo, desde a orla do rio.

No lado esquerdo da ponte há uma inscrição que refere que foi o arquitecto Cayo Julio Lacer que edificou esta ponte e que diz "que esta ponte durará tanto quanto o mundo durar".

- Chegada a Cáceres e check-in no hotel

- Visita à Catedral de Cáceres

- Jantar no hotel ou em restaurante local
- Passeio nocturno em Cáceres

O nome dado ao centro histórico de Cáceres não poderia ser mais adequado: Ciudad Monumental. Atravessar o Arco de la Estrella significa conhecer um dos mais bem preservados conjuntos medievais da Europa, considerado património da humanidade pela Unesco em 1986. O centro histórico é delimitado pelas muralhas erguidas no séc. XII pelos árabes para substituir as ruínas das muralhas levantadas pelos romanos, que fundaram a vila original no séc. I. Visigodos e muçulmanos também dominaram a região e deixaram os seus vestígios. A cidadela é toda feita de pedra, com construções que vão do séc. XV ao XVIII e incluem mais de dez grandes torres. A melhor forma de desfrutar de Cáceres é passear despretensiosamente pelas ruas, que ficam ainda mais especiais no final da tarde, quando o sol doura as construções.

2º Dia: Sexta-feira, 7 de Julho
- Pequeno-almoço seguido de check-out
- Saída de Cáceres
- Visita ao Mosteiro de São Jerónimo de Yuste

No início do século XV, foi a natureza e o isolamento que atraíram os monges que edificaram o Mosteiro de São Jerónimo de Yuste. Hoje, os motivos de interesse deste edifício são múltiplos. Entre eles, encontram-se todas as histórias ligadas ao imperador Carlos V (I de Espanha), que escolheu este mosteiro para sua última residência. Aí se pode visitar o quarto onde morreu em 1558 e onde mandou construir uma porta para poder assistir à missa desde o leito ou, também, a cripta que o próprio destinou para os seus restos mortais, sob o altar dessa mesma igreja. Após estes séculos, o mosteiro continua a ser casa de monges, com jardins magníficos e vistas únicas.

O Mosteiro de Yuste é um edifício erguido a dois quilómetros de Cuacos de Yuste. Está formado por duas partes, o mosteiro propriamente dito e a residência do imperador. Os aposentos onde Carlos V se hospedou guardam muitas histórias da época, a cama, da qual o imperador podia ver diretamente o altar da capela. Em outro dos quartos, que dá para o jardim e o belo tanque onde Carlos V pescava, está também o cadeirão do imperador preparado para acalmar as dores que sofria por causa da gota. Também é possível contemplar uma cópia do quadro do imperador com a sua esposa, Isabel de Portugal, cujo original mantém a Casa de Alba.

- Viagem em direcção ao Mosteiro de Sta. Maria de Guadalupe com almoço livre pelo caminho
- Visita ao Real Mosteiro de Santa Maria de Guadalupe

O mosteiro de Guadalupe é um dos mais importantes edifícios religiosos espanhóis, localizado na província de Cáceres.
Está implantado numa zona de montanha, longe das grandes cidades, o que lhe dá um encanto especial.

A razão da sua localização deve-se a uma imagem de nossa senhora que foi recuperada aqui por um camponês em finais do século XIII, depois de perdida desde as invasões muçulmanas.

No seu interior o mosteiro alberga uma importante colecção de miniados (livros manuscritos de cânticos), alguns de dimensões gigantescas, um museu de bordados (em paramentos e outras vestes religiosas) realizados pelos monges e algumas obras de arte de autores como Goya, El Greco ou Juan de Flandes.

Cristóvão Colombo, também devoto da virgem, visitou várias vezes o mosteiro e em agradecimento pelo sucesso da sua primeira viagem baptizou uma ilha das caraíbas com o nome de Guadalupe.

- Viagem em direcção a Mérida
- Chegada prevista a Mérida e check-in no hotel
- Jantar no hotel ou em restaurante local
- Espectáculo de teatro clássico “Orestíada” de Ésquilo no Teatro Romano aquando o Festival Internacional de Teatro Clássico de Mérida (optativo não incluído)

3º Dia (8 de Julho | sábado):

(Em Mérida)

- Casa de Termas e Circo Romano

- Visita Museu Arqueológico

- Almoço livre

- Visita Casa de Mitreo

Merida capital autónoma da Extremadura é justamente conhecida pela riqueza da sua herança romana. Sem discussão, o seu espaço arqueológico é considerado o mais importante da península. Muitos acham mesmo que é o mais rico fora de Itália. Fundada em 25 a.C, com o nome Emerita Augusta, foi a capital da Lusitânia. Hoje, essa grandeza é visível em grandes construções, como o anfiteatro ou o teatro, onde ainda hoje se realiza um festival anual com representações de textos clássicos

- Viagem em direcção a Elvas
- Chegada a Elvas e check-in no hotel
- Jantar no hotel ou em restaurante local

4º Dia: Domingo, 9 de Julho
- Pequeno-almoço seguido de check-out
- Viagem em direcção a Vila Viçosa
- Visita ao Paço Ducal de Vila Viçosa

O Paço Ducal representa um dos mais emblemáticos monumentos de Vila Viçosa. A sua edificação iniciou-se em 1501 por ordem de D. Jaime, quarto duque de Bragança, mas as obras que lhe conferiram a grandeza e características que hoje conhecemos prolongaram-se pelos séculos XVI e XVII.

Os 110 metros de comprimento da fachada de estilo maneirista, totalmente revestida a mármore da região, fazem deste magnífico palácio real um exemplar único na arquitectura civil portuguesa.

Ao longo de toda a visita ao Palácio predominam os frescos e azulejos seiscentistas, os tectos em caixotões e pintados e as lareiras em mármore que distinguem as diversas salas que acolhem importantes colecções de pintura, escultura, mobiliário, tapeçarias, cerâmica e ourivesaria.

- Passagem evocativa pela casa de Florbela Espanca
- Almoço livre
- Visita ao Castelo e Museu Arqueológico de Vila Viçosa e ao Santuário Nacional da Padroeira de Portugal (Santuário de Nossa Senhora da Conceição)

- Viagem de Vila Viçosa para Coimbra

O itinerário poderá sofrer alguma alteração por qualquer motivo alheio à nossa vontade mas sem que comprometa a essência da viagem